Saturday, October 27, 2018

Na correria do trabalho, novamente esqueci do aniversário de meu pai. Se vivo, completaria 93 anos...
Ter um filho como o Augusto hoje traz muita alegria, mas também traz sempre o pensamento de que meu pai não pôde conhecer seu neto.
Sendo pai, hoje, penso em como deve ter sido para meu pai ser meu pai. Gostaria de conversar com ele assuntos paternais, mas enfim.
O seu presente, na sua ausência nem sempre lembrada, mas sempre sentida, é o seu neto desejado, mas não abraçado, aguardado, mas não conhecido.
Depois de sua ausência, há uma augusta presença. Onde antes haviam dois Lourenços, e depois houve apenas um, novamente há dois. Quisera que fossemos seis ou sete, mas há muitos anos que isso não é mais possível.
Assim, no meio da felicidade (e preocupação) paternal - que me é tão cara hoje, que tanto me cobra, tanto me ocupa e tanto me exige (em um lavoro que é preocupação e felicidade), vem a nostalgia e a melancolia filial, no meio desses tempos tão tristes, graves, rudes e angustiantes, ve

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