Saturday, November 24, 2007

Como medir um homem na escala entre macho e bicha

Como medir um homem na escala entre macho e bicha:

1. Higiene pessoal 1:
· Toma banho em 3 minutos e usa sabão em barra = MACHO
· Toma banho rápido e usa xampu = HOMEM MÉDIO
· Demora meia hora e usa sabonete líquido = TENDÊNCIAS GAYS OCULTAS
· Toma banho de espuma na banheira = VIADAÇO ASSUMIDO

2. Higiene pessoal 2:
· Mija em pé e nem sacode o pau = MACHO PARA CARALHO
· Mija em pé e sacode o pau para secá-lo = MUITO HOMEM
· Mija sentado e sacode o pau para secá-lo = TENDÊNCIAS HOMOSSEXUAIS
· Mija sentado e seca a ponta do pau com papel higiênico = MUITO GAY, PRATICAMENTE UMA MOÇA

3. Uso de cremes e bronzeadores:
· Não usa = MACHO
· Usa um pouco no verão = SENSÍVEL
· Usa bastante no verão = BICHINHA
· Usa bastante o ano todo = BICHA TOTAL

4. Presentes que gosta de ganhar:
· Uma garrafa de cachaça ou whisky = HOMEM MÁSCULO
· Uma peça de roupa = FINO
· Doces, bombons etc. = MEIO VIADO
· Flores e/ou perfumes = VIADAÇO

5. Tratamento dos animais de estimação:
· Seu cão vive no quintal e come restos de comida = VARÃO
· Seu cão vive dentro de casa, come ração especial = DELICADO
· Acaricia muito o gato (que já é boiola por si só) que dorme na sua própria cama = BICHA TOTAL

6. Tratamento das plantas:
· Se alimenta de algumas delas = RAMBO
· Tem algumas plantas no quintal que não são regadas = MACHO
· Cuida das plantas e dos arbustos = FLORZINHA
· Rega, poda plantas e flores de seu jardim = BICHINHA PURPURINADA

7. Uso do espelho:
· Não usa = VIKING
· Usa somente para fazer barba e pentear cabelo = VAIDOSO
· Admira sua pele e observa seus músculos = GAY
· Igual ao GAY, e ainda admira seu bumbum = LOUCA DESATADA
· Admira-se com diferentes perucas, vestidos e maquiagem = TRAVESTI

8. Penteado:
· Não se penteia = MACHÃO
· Penteia-se depois do banho = HOMEM
· Penteia-se várias vezes ao dia = FRESCO
· Penteia-se várias vezes ao dia e pinta cabelo = BICHA
· Penteia os outros e dá conselhos de penteados = BICHA LOUCA

9. Limpeza da casa:
· Varre quando ouve a sujeira estalar sob a sola dos sapatos = ANIMAL
· Varre quando o pó cobre o chão = MACHO
· Limpa com água e detergente = FRESCO
· Limpa com água, detergente e aromatizante = MARIPOSA
· Usa aspirador de pó = BORBOLETA

10. Esportes preferidos:
· Futebol, luta livre, automobilismo = MACHO DE CARTEIRINHA
· Tênis, boliche, voleibol = TENDÊNCIAS GAYS OCULTAS
· Aeróbica, spinning = LOUCA
· Os mesmos, mas usando short de lycra = EXTRA BOIOLA

11. Comidas preferidas:
· Capivara, javali, animais assados, comida apimentada e gordurosa = TARZAN
· Peixe e salada para não engordar = SENSÍVEL
· Sanduíches integrais, consomées = FRESCO
· Aves acompanhadas de vegetais cozidos no vapor = BICHA MUITO LOUCA

12. Cerveja:
· Gelada e em grandes quantidades = MACHO DEMAIS
· Só uma para matar a sede no calor = BICHICE SOB CONTROLE
· Com limão e sal = SUPER BICHA
· Sem álcool = PRATICAMENTE UMA LIBÉLULA

Bom, antes que me perguntem: sou macho, mas não me enquadro na maioria das opções. O "homem contemporâneo", prefiro esse termo à metrossexual (essa palavra virou quase sinônimo de "emo", que já virou quase sinônimo de...).

Não tenho medo de sentir, tenho me esforçado para isso;
Tento ser compreensivo e pronto ao diálogo;
Possuo idéias e pontos de vista fortes, mas estou disposto a discuti-los;
Gosto de andar arrumado e de me agradar podendo me achar o que sou: bonito e interessante;
Sou homem, sou macho, mas não sou um homem ou um macho qualquer: sou especial.
Não sou pra qualquer mulher, sou para um tipo de mulher: uma mulher especial (aquela capaz de reconhecer tudo isso).
Ainda bem que as mulheres não são todas iguais, já encontrei algumas que me encontraram também.
Momentos felizes.
Felizmente, tenho certeza que há outras e sei que ainda há alguém "quase" perfeita pra mim...

Monday, November 19, 2007

Interpol




"Interpol faz três shows no Brasil em 2008 - Seg, 19 Nov, 10h43 - Por Redação Yahoo! Notícias

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Já estão à venda os ingressos para a primeira apresentação da banda americana Interpol no Brasil. O grupo fará três shows no país em março de 2008. A turnê "Our love to admire" começa dia 11 em São Paulo, segue para o Rio de Janeiro no dia 13 e termina dia 15 em Belo Horizonte.

As entradas para o show de São Paulo, no Via Funchal, custarão R$ 100 (pista), R$ 120 (mezanino) e R$ 160 (camarote).

O Interpol surgiu em 1998 em Nova York e conquistou o mercado internacional já com seu primeiro ábum: "Turn on the bright lights", de 2002.

Confira os locais dos shows:

SÃO PAULO
Data: 11 de março 2008
Local: Via Funchal
Endereço: Rua Funchal, 65, Vila Olímpia - SP - Tel: (11) 3044-2727


RIO DE JANEIRO
Data: 13 de março 2008
Local: Fundição Progresso
Endereço: Rua dos Arcos, 24 - Lapa - Rio de Janeiro - Tel : (21) 2220-5070.


BELO HORIZONTE
Data: 15 de março 2008
Local : Chevrolet Hall
Endereço : Av. Nossa Senhora do Carmo, 230 - Belo Horizonte Tel: (31) 2191- 5700"

Wednesday, November 14, 2007

Declarações

De mim pra Priscila:(28/05/2007)

"Demorei muito pra te encontrar
Agora eu quero só você
Teu jeito todo especial de ser
Eu fico louco com você"

Pri,
Estamos juntos a pouco tempo mas você já se tornou uma presença constante na minha vida. Penso em você mais de uma vez por dia, quase todo dia... Gosto do seu jeito delicado e carinhoso, que também pode ser determinado e vivo.
Sua companhia me agrada por demais; te deixar ir (seja depois de uma hora ou depois de um dia juntos) sempre é difícil.
Não tenho pressa em te conhecer, tenho ainda muito pra saber a seu respeito. Que cada dia, semana juntos, sejam momentos de aprendizado mútuo. Espero ser tão interessante quanto és e tão carinhoso quanto és comigo.
Mais um FDS, mais um momento juntos; esses momentos valem o dia e alegram o início da semana (que espero acabar logo pra poder te rever).
Dizer que te quero é muito, mas pra mim é pouco. Te quero sim, mas não para uma noite, nem para um dia - te quero para os dias e noites da minha vida (para isso, tudo vale a pena)."

De Priscila pra mim (18/06/2007):

"Meu querido, reescrevi este poema inspirada em você. Afinal, estes dois meses compactam uma grande felicidade de estar ao seu lado. Beijos com muito carinho, da sua PRIncesa.

De sonhos já estou cheia
Já vi diversos castelos de areia
serem arrastados pelas ondas do mar

Quero ser feliz no seu íntimo
Seguir a curva do rio
que sabe onde quer chegar

Você completa e me faz acreditar na vida
Vida que não precisa ser sofrida
mas sim, renascida, aprendida e vivida.

Por você, vale a pena amar!

(Priscila - 18/06/2007)"

É interessante, passados os meses, como as coisas mudam.
Sendo eu professor de História não deveria me surpreender, mas isso sempre nos pega pelo pé.
A eternidade que dura meses, bem como o temporário que se prolonga por anos...
Nunca há como saber, só vivendo...

Sunday, November 11, 2007

Reclamações e retratações

O futuro do Brasil!
Meu papel:
"Consiste a minha primordial ambição em vos dar exemplos e conselhos que vos façam úteis à vossa família, à vossa nação e à vossa espécie, tornando-vos fortes, bons, felizes. Se de meus ensinamentos colherdes algum fruto, descançarei satisfeito de haver cumprido a minha missão." (Afonso Celso)


O papel de vocês;
"Que a vossa geração exceda a minha e as precedentes" (Afonso Celso)

Que o ping-pong que os diverte, e às vezes, os afasta das aulas ("Para se inscrever é só procurar o #%*!@# da *&$##.Ele sempre está lá no ping-pong, né? rs") não os faça esquecer do leite, que às vezes, afasta as crianças da morte.

PS: "Poxa professor, falando assim o senhor me faz sentir até mal..."


Bem.....

Era essa a intenção.

Pedido de Desculpas
"Que o ping-pong que os diverte, e às vezes, os afasta das aulas ("Para se inscrever é só procurar o #%*!@# da *&$##.Ele SEMPRE está lá no ping-pong, né? rs") não os faça esquecer do leite, que às vezes, afasta as crianças da morte." (destaque meu)
Rafael e Renan,
Peço desculpas pelo fato de ser generalizador. Os dois foram meus alunos e, no pouco tempo que tivemos contato, pude desenvolver um grande respeito pelos dois. Infelizmente, se dissesse nomes dos alunos que se furtam às suas responsabilidades, estaria sendo acusado agora, provavelmente não por vocês, de estar desmoralizando o aluno.
Dirigindo-me mais diretamente ao Rafael, realmente, sua conduta em sala não me deixa mentir, nem teria porque, visto que sempre teve postura correta em sala, bem como muitos alunos que vejo jogando ping-pong e que, durante o horário de aula, vejo sempre em sala. Cabe ressaltar aqui que a frase acima, não foi escrita por mim, mas por um aluno. Visando preservar o aluno citado, bem como o que citou, - visando evitar possíveis constrangimentos, o que talvez não fosse necessário (visto o "rs", risinho, presente na afirmação supracitada) nem mencionei a fonte.
Quanto a discutir política Renan, a discuto sempre:
1. Ao discutir a problemática da relação entre senhor de escravo e escravo, do preconceito inerente a isso, visível na valorização do trabalho intelectual e desvalorização do trabalho braçal, visível ainda hoje na forma como ALGUNS alunos sujam as salas aumentando a carga de trabalho de nossos funcionários;
2. Ao discutir o preconceito religioso na Reforma, a soberba que marcou a Igreja Católica, tida como verdadeira, única, superior, soberba essa presente entre ALGUNS alunos que defendem slogans como "Ih, foi mal, a minha é federal";
3. Ao discutir a política educacional de nosso país pelo fato de se investir uma soma considerável em uma escola técnica quando MUITOS (não todos) entram para a mesma, declaradamente, sem nem mesmo ter a intenção de cursar o técnico;
4. Ao incentivar o patriotismo (e não o nacionalismo puro, ingênuo, xenófobo, etc.) e mostrar a importância de se valorizar o Brasil, de nos tornarmos cidadãos dignos capazes de melhorá-lo, enquanto ALGUNS alunos se vangloriam publicamente de colar nas provas;
5. Ao tentar demonstrar com a minha conduta em sala de aula, cumprindo meu papel como professor, enquanto que ALGUNS alunos que se preocupam mais com ativismo político se esquecem que para se fazer política estudantil, tem que se ser estudar;
6. Ao defender os ideais de igualdade, que deveriam ser estampados em nosso uniforme, igualando todos os alunos como "cefetianos", enquanto ALGUNS alunos procuram formas de se diferenciar de seus colegas utilizando calças mais transadas, tênis da moda, etc.;
7. Ao falar da exploração colonial enquanto que ALGUNS alunos, que às vezes podem se sentir "colônia" do Maracanã rabiscam, arranham, quebram carteiras financiadas com dinheiro público de todo o CEFET/RJ.
Quanto às suas frases - antes de qualquer coisa:

"Realmente eu nunca ví nenhum professor meu (exceto o Marcus, de Geografia e os de Química), a parar a aula pra deixar a turma pilhada realmente a ir para as ruas protestar, para lutar pelos direitos."
Fico feliz por ver que há colegas que incentivam a mobilização estudantil, isso é positivo e necessário. Eu não sou capaz disso. É da minha natureza. Acho que tento conscientizar os alunos, com o meu exemplo e cobrando deles dedicação, seriedade, postura, etc. Essas características também não fazem um cidadão? Particularmente, e aí vai um comentário pessoal, evito ao máximo qualquer conflito. Agora, pode confirmar com os alunos desse ano se não os incentivei a lutar por seus direitos, se não os incentivei a votar, se não disse que procurassem se informar sobre os candidatos - sem em nenhum momento apoiar alguém (como, teoricamente, sou formador de opinião, sou contra se apoiar candidato publicamente).
Quer um exemplo do que é mobilização pra mim?
A. Convocar todos os alunos da comunidade para mandar e-mails para aqui ou para ali exigindo passe-livre;
B. Fazer uma lista e, a cada dia, um aluno diferente ligar para um jornal ou rede de televisão informando sobre a situação caótica da Baixada;
C. Sugerir aos alunos vestir com orgulho a camisa do CEFET e questionar porque as camisas (nem posso dizer uniforme...) das UnEDs vêm escrito "Maria da Graça" e "Nova Iguaçu", enquanto que as dos alunos do Maracanã só vem escrito CEFET/RJ.

Sabe por que não incentivo nada disso? Porque não consigo mobilizar o aluno para:
1. Chegar no horário da aula, horário que ele, ao entrar para o CEFET, se comprometeu a cumprir;
2. Não conversar em sala, desrespeitando o outro que tem dúvida;
3. Desligar e/ou não atender seu celular em sala (por que não pedir, discretamente, ao professor para beber água e retornar a ligação depois?), desrespeitando os colegas e a mim;
4. Perceber que é errado ele ficar carregando o celular dele na sala de aula (se eu ligasse uma tomada na casa dele, isso configuraria "gato", não é?).

Mesmo sem conseguir, não desisto. Minha luta política não é travada na rua, é na sala de aula.

Realmente, você está certo quando diz:
"Até parece que vocês deixaram os seus mestrados, seus domingos em família ou seus estudos mais interessantes de lado para irem para às ruas (não protestar e sim exigir) contra a impunidade, contra a corrupção e contra todas as falcatruas do governo que GERAM JUSTAMENTE ESSA NECESSIDADE DE NÓS, CIDADÃOS HONESTOS E QUE PAGAM IMPOSTOS, TERMOS QUE FAZER O QUÊ O GOVERNO DEVERIA FAZER, em outras palavras, DAR LEITE PARA AS CRIANÇAS QUE NÃO TEM COMO PAGAR."

Não deixaria meu mestrado para fazer passeata, pois, ao assinar minha inscrição, tinha assumido um compromisso com a instituição que me aceitou e deveria honrá-lo. Atualmente vivo o conflito entre ter que dosar, da melhor forma possível, minha vida pessoal, acadêmica e profissional; como o cobertor é curto, principalmente para mim que sou desorganizado (deveria estar redigindo um texto para meu orientador, mas estou aqui porque, nesse momento, minha obrigação como professor me parece mais importante).

Da mesma forma, não faltaria aos meus domingos em família porque minha família era composta de pessoas semi-alfabetizadas e de idade avançada que, com muito custo e sacrifício, conseguiram me dar uma vida de certo luxo e com condições de ir a uma escola particular, de ter explicador quando tinha dificuldade e de poder estudar inglês.
Também não deixaria os meus estudos mais interessantes de lado pois foram eles que me deram a cultura que possuo e que, mais de uma vez, foi motivo de orgulho para mim quando:
A. um aluno vinha me perguntar como poderia ficar tão culto quanto eu (e eu, de forma um tanto tímida, tentei lhe dar alguns conselhos);

OBS: Quando, às vezes brinco, que sou inteligente, que sou isso sou aquilo, meu objetivo é muito mais o da brincadeira, o da descontração. Conheço pessoas, possuo amigos que são muito mais capazes do que eu, porém enfatizar isso nesse mundo competitivo seria visto pela maioria dos alunos não como humildade, mas como sinal de fraqueza.

B. uma aluna veio me pedir uma lista de livros (romances, comédias, qualquer coisa) para ler que pudesse ser útil para saber mais;
C. um aluno, que não tinha mais caderno nem caneta e tive que lhe dar os que tinha recebido da escola, me disse que eu era um homem bem sucedido pois tinha cultura e cargo público; isso meses antes dele me agradecer por tê-lo encaminhado para uma entrevista de emprego (emprego esse que, infelizmente, acabou levando-o a abandonar a escola para garantir seu sustento).

Felizmente, tenho outros momentos felizes que guardo com carinho no meu coração e que me deixam com a sensação do dever cumprido. Posso ser medíocre, não ser ambicioso e não sonhar alto. Diferentemente de muitos professores de História, posso não incentivar a revolução. Peço desculpas por isso. Meu trabalho é de formiguinha. É acordar antes das cinco da manhã para estar em sala às 07:20 e tentar mostrar ao aluno que devemos tentar honrar nossos compromissos. Nem sempre podemos, afinal somos humanos e temos falhas; um dia todo mundo se atrasa. Mas pelo menos "tentar honrar".

OBS: Cabe aqui destacar que não sou nenhum exemplo de perfeição. Já cometi, e às vezes, cometo erros graves. Já magoei e feri. Já fui incorreto e injusto. Já fui cruel e sádico. Tenho meu lado sombrio como todos nós. Como ele me assombra sempre, vivo, atormentado pela minha consciência, sempre tentando não errar de novo e tentando acertar mais uma vez. "O Homem está condenado a ser livre". Essa frase de Sartre nos diz bem que devemos viver com as conseqüências do que fazemos.

Quanto à corrupção, o fato de pagarmos impostos e não haver leite, etc., concordo com você. Em verdade, sou contra qualquer tipo de assistencialismo. Mas a caridade não é assistencialismo. Agora penso que fiz mal em escrever aquela última mensagem antes dos comentários de vocês, afinal, ninguém é obrigado a ajudar ninguém. Como falei outro dia, nessa semana, em sala, estou tão "contaminado" pela hipocrisia quanto as outras pessoas - eu também passo para o outro lado da calçada quando vejo um pedinte ao longe.

E isso me enoja.

Me faz sentir ódio de mim mesmo.

Por isso vi, na campanha do professor Wagner, uma pequena possibilidade de redenção, uma pequena chance de acalmar a minha consciência. Fiz mal, agora tenho certeza, pois julguei ser obrigação de todos uma responsabilidade que pensei ser minha. Não vai aqui nenhum duplo sentido, ambiguidade, ironia, em minhas palavras. Muitos de vocês já contribuem muito para o mundo sendo bons filhos, bons alunos, etc.

Peço desculpas, me dei conta de que caridade se dá, não se exige . Aproveito aqui para agradecer às 17 pessoas que, além de mim e do professor Wagner, fizeram suas doações. Na minha raiva pelo que julguei, equivocadamente, ser obrigação de todos, esqueci a boa vontade de alguns.

MUITO OBRIGADO! \o/

Lamento que, por ter que generalizar, tenha ofendido (sem intenção) alunos pelos quais tenho o maior respeito. Isso ocorreu porque, pela dureza das minhas palavras, vocês que possuem uma consciência moral (meus alunos de Fundamentos de Filosofia e Sociologia irão entender, espero) se sentiram ultrajados, com razão. Infelizmente, aqueles que se perdem em no mero descaso, ativismo, deboche, não devem ter feito caso de minhas palavras; provavelmente riram, como devem estar rindo, pensando que perdi um tempo enorme escrevendo isso. Isso ocorre porque, talvez, não tenho a sua sensibilidade moral (meus alunos de Fundamentos de Filosofia e Sociologia irão entender, espero) desenvolvida.

Como, da mesma forma que em outra comunidade, escrevi coisas que ofenderam outras pessoas ( http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=115678&tid=8273597 ), retiro-me dos debates, limitando-me ao acompanhamento dos mesmos.

Obrigado pela atenção.
Professor André.

Nós somos a nação!

"Porque me ufano do meu país"
Para quem e para que foi composto este opúsculo

As páginas que aí vão — escrevi-as para vós, meus filhos, ao celebrar a nossa Pátria o quarto centenário do seu descobrimento. Sorri-me a esperança de que encontrareis nelas prazer e proveito.

Consiste a minha primordial ambição em vos dar exemplos e conselhos que vos façam úteis à vossa família, à vossa nação e à vossa espécie, tornando-vos fortes, bons, felizes. Se de meus ensinamentos colherdes algum fruto, descançarei satisfeito de haver cumprido a minha missão.

Entre esses ensinamentos, avulta o do patriotismo. Quero que consagreis sempre ilimitado amor à região onde nascestes, servindo-a com dedicação absoluta, destinando-lhe o melhor da vossa inteligência, os primores do vosso sentimento, o mais fecundo da vossa atividade — dispostos a quaisquer sacrifícios por ela, inclusive o da vida.

Embora padeçais por causa da Pátria, cumpre que lhe voteis alto, firme, desinteressado afeto, o qual, longe de esmorecer, — aumente, quando desconhecido, injustamente aquilatado, ou ingratamente retribuído, e, jamais, em circunstância nenhuma, vacile, descreia, ou se entibie.

Mas cumpre igualmente que não seja um amor irrefletido e cego, e sim raciocinado, robustecido pela observação, assente em sólidas e convincentes razões.

Não deveis prezar a vossa terra só porque é vossa terra, o que, aliás, bastaria. Sobejam motivos para que tenhais também orgulho da vossa nacionalidade. A natureza não constitui o seu exclusivo e principal título de vanglória.

Ousa afirmar muita gente que ser brasileiro importa condição de inferioridade. Ignorância, ou má fé! Ser brasileiro significa distinção e vantagem. Assiste-vos o direito de proclamar, cheios de desvanecimento, a vossa origem, sem receio de confrontar o Brasil com os primeiros países do mundo. Vários existem mais prósperos, mais poderosos, mais brilhantes que o nosso. Nenhum mais digno, mais rico de fundadas promessas, mais invejável.

Nas linhas que se seguem procurei demonstrar estes assertos. Não as inspira entusiasmo, mas experiência e estudo. Já me alonguei da quadra em que o entusiasmo domina. Mais de meio caminho da jornada está percorrido. Andei em demoradas viagens por grande extensão do orbe. Tenho lido e meditado muito, tenho sofrido duras decepções.

E me sinto amigo do meu país, cada dia em grau superior ao do antecedente. Em nenhum outro, fixaria de bom grado o domicílio. Peço que me deitem aqui, somente aqui, para o sono supremo.

Quereis saber os fundamentos desse culto? A leitura dos argumentos e fatos, adiante singelamente expostos, vo-lo mostrará.

Avigorai, meus filhos, estes argumentos; juntai novos fatos a tais fatos; propagai-os; cultivai, engrandecei o amor pelo Brasil.

Que a vossa geração exceda a minha e as precedentes, senão em semelhante amor, ao menos nas ocasiões de o comprovar. Quando disserdes: “Somos brasileiros!” levantai a cabeça, transbordantes de nobre ufania. Convencei-vos de que deveis agradecer quotidianamente a Deus o haver Ele vos outorgado por berço o Brasil.

CELSO, Affonso. 1997. Porque me ufano de meu país. Rio de Janeiro: Expressão & Cultura. pp. 25-27.

07 de setembro
Que hoje, ao comemorarmos o 185º ano da nossa emancipação política, as palavras de Affonso Celso sejam para nós um ideal. Ideal ingênuo e criticável talvez, mas não abandonável.
Nós, professores, alunos e funcionários, que trabalhamos em uma instituição federal - que representa a totalidade de nossa nação - devemos tomar essas palavras com ainda maior seriedade.
Não estamos aqui por favor, estamos com um dever, de dar um retorno à sociedade que nos permitiu estar aqui.
Não estamos aqui para mero prazer pessoal, estamos aqui para mostrarmos que somos dignos de aqui estar, quando tantos outros desejariam nosso lugar, mas não podem estar aqui.
Não estamos aqui porque o CEFET é nosso, estamos porque ele é maior do que nós e, ao partirmos ele continuará, ficando-nos a obrigação de ter feito dele algo melhor para nós e para os outros.

Estou no CEFET há mais ou menos um ano.
A cada dia de trabalho produtivo, quando vou embora, muitas vezes digo aos meus colegas de trabalho ou murmuro para mim mesmo: "Ganhamos nosso dinheiro honestamente." Ganhamos nosso dinheiro fazendo o que somos pagos para fazer.
Em cada dia de trabalho improdutivo, quando vou embora, penso em silêncio: "Ganho mais do que outros professores e não consegui cumprir com meu papel." Ganhei meu dinheiro sem merecê-lo, sem ter alcançado meu objetivo da forma que desejava ou deveria.
Conversando com um amigo sobre essas angústias ele me respondeu: "André, isso é besteira. Esse papo de Brasil não existe. O que existe é minha mulher, minha família, meus amigos. O Brasil sou eu."

Concordo só com o final.
O Brasil sou eu, e ele será o que eu fizer (ou não fizer) dele.

Friday, November 09, 2007

A história sem fim

Esse é um dos meus filmes favoritos, os poucos que me conhecem, sabem porquê.
Não há muito a falar, depois que conhecerem Atreyu e Bastian, saberão mais sobre mim do que muita gente que conviveu anos comigo.

http://www.youtube.com/watch?v=y688upqmRXo

Semana passada, visitei o túmulo de meu pai.
Depois de ter esquecido do aniversário dele.

Entendo a tristeza de Artax, é fácil sucumbir à tristeza.
Felizmente, sou brasileiro...