Saturday, August 22, 2009

Brüno!

Ontem eu e minha namorada assistimos "Brüno", com o Sacha Baron Cohen, do "Borat". Como um crítico disse bem: ele se pretende iconoclasta, mas só consegue ser de mau gosto. Há críticas ao mundo fashion. às celebridades, etc., mas tudo se esvazia ao se deparar com o pênis falante do personagem - é isso mesmo, escatológico.

Fiquei lembrando que, duas semanas atrás passou "Planeta Proibido" no canal TCM. Insinuações, elipses... O cinema mudou muito em 50 anos - o filme é com Leslie Nielsen (Corra que a polícia vem aí) como galã...

Parece papo de saudosista, mas realmente as concepções sobre o presente, passado e futuro mudam muito rapidamente.

Como o tempo está acelerado, como tudo nasce, amadurece, envelhece, morre e o ciclo recomeça... Quem era revolucionário ontem hoje é político, quem era intelectual de esquerda foi presidente de direita, quem era sindicalista hoje é presidente de esquerda (?)...

As vezes me pego pensando: os tempos de "Brüno" são piores do que os de 10 ou 20 anos atrás? Talvez. Ou será uma questão subjetiva? Uma certa inadaptabilidade com os tempos modernos, um atraso em se acostumar com o mundo atual?

Possivelmente, esse tipo de angústia é fruto de um comodismo pequeno-burguês; será que um bosquímano, preocupado em matar antílope está preocupado com isso? E o mineiro que trabalha sob vigilância nas minas de diamante na África?

Pensar demais às vezes cansa, para esses momentos existe "Brüno", afinal nem sempre se quer ver Win Wenders.