Interessante pensar como Newton, Descartes, etc., tinham uma formação que integrava matemática, filosofia, história, etc. e foram fundamentais na constituição do saber matemático atual.
É interessante como a constituição do paradigma cartesiano-newtoniano, que fundamentou uma concepção mecanicista do mundo, conseguiu apagar seus fundamentos humanísticos.
Embora as chamadas ciências exatas estejam longe da exatidão, como propalam, elas conseguiram se construir como tais - coisa que muitos físicos e químicos discordariam e estão abertos para pensar de modo mais filosófico e relativo suas questões (como os químicos já fizeram e como os físicos fazem hoje).
Em função desse paradigma cartesiano-newtoniano, que acabou levando a uma valorização das ditas ciências exatas e a uma subsequente e progressiva visão das mesmas como sendo mais complexas do que as outras.
Isso acaba levando a um grau de importância maior dado a elas, o que faz com que as demais áreas venham a ser vistas como acessórios. Interessante pensar que, até o século XIX, principalmente na Alemanha, a formação de diferentes carreiras, tinham uma forte carga de humanidades, sem que fossem vistas como acessórias, mas sim como essenciais.
É claro que há enormes falhas nas áreas de humanas, fruto da sua subjetividade e do que é visto como defeito pelas autoproclamadas ciências exatas: o fato de serem subjetivas e de interferirem/sofrerem interferência do real concreto; coisa que também ocorre nas tradicionalmente conhecidas como "hard sciences" - o que ocorre é que, muitas vezes, o componente humano é disfarçado ou desaparece na história.
Assim vemos porque não há interesse em se mudar tal situação: se áreas como filosofia, história e sociologia se debruçam sobre as "ciências exatas", seus elementos filosóficos, seus processos históricos e sua estrutura sociológica serão revelados ou discutidos. O que isso significaria? Que são ciências com as mesmas qualidades e defeitos que as demais, logo nem melhores, nem piores.
Revelado isso, porque manter essa diferença, essa hegemonia, visível inclusive nas distribuições de carga horária? Essa pergunta, não se interessa fazer, só quem a faz são a filosofia, história e sociologia - por isso são tratadas como adereços.
Sunday, April 08, 2012
Monday, March 12, 2012
Jogar a toalha
Estou cansado. Tenho uma visão arcaica de mundo. Uma visão baseada na ideia de compromisso e dedicação. Sou professor federal, cumpro uma carga horária maior que a de alguns colegas, por considerar que seja minha obrigação - e, na verdade, é.
Desenvolvi um projeto de pesquisa de um ano aqui na escola. Nesse período, sofri um acidente de carro no qual fiquei com o braço direito quebrado. Isso bagunçou minha vida. Não consegui finalizar o projeto, o que me entristeceu e me envergonha até hoje. Isso me inviabiliza começar outros.
Agora, vi colegas tendo projetos aprovados e pensei que, de certa forma, pequei o caminho das pedras e agora, que a situação está melhor, mais fácil, outros seguem o caminho.
Tentei desenvolver outro projeto ano passado, um grupo de estudos. Não foi um fracasso total, mas foi bem desproporcional ao investimento.
Pretendia começar um projeto esse ano que envolveria alunos que gostam de desenho, mas depois de 15 dias, ainda não tive resposta dos mesmos. Como não quero passar vergonha de novo, pretendo falar com o outro professor envolvido para cancelar o projeto.
Um amigo me disse uma vez que eu tinha que "cagar e andar", "ligar o foda-se". Organizo palestras, já organizei seminários, já fiz visitas técnicas a museus, etc. As dificuldades encontradas para continuar com essas atividades, que ocupam meu tempo, me desanimam.
Ano passado, planejei 2 visitas (Paraty e Vassouras), que foram canceladas na última hora, enquanto outros conseguiram realizar as deles.
Cansei. Desanimei. Desiludi. Sinto-me mal, pois me sentia bem por ser o correto, o último correto, digamos assim. Isso me dava um certo orgulho. Porém, o sucesso dos outros destaca o meu fracasso. Isso talvez tenha sido a gota d'água.
Sempre me senti igual ao Peter Parker, seguindo um ideal como o Homem Aranha. Cansei um pouco de ser o herói, desisti, pelo menos por enquanto.
Monday, February 20, 2012
Sambinha dos Cariocas no Carnaval 2012 - alguns, só uns poucos, pouquíssimos...
Iaiá
Minha índia não sabe o que eu sei
Em quanta sujeira na rua tropecei
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar.
Iaiá
Minha cunhada não sabe o que eu sei
Quanta fumaça de cigarro na cara dos outros eu joguei
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar.
Iaiá
Minha preta não sabe o que eu sei
O quanto bebi, o quanto esbarrei
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar.
Iaiá
Minha avó não sabe o que eu sei
Quantas brigas desnecessárias arrumei
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar.
Iaiá
Minha loira não sabe o que eu sei
Quanto energético e vodka entornei
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar.
Iaiá
Minha mãe não sabe o que eu sei
Quantos turistas com prostitutas encontrei
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar.
Iaiá
Minha morena não sabe o que eu sei
Quanto xixi vi nas paredes onde andei
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar.
Iaiá
Minha prima não sabe o que eu sei
De quantos motoristas bêbados escapei
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar.
Iaiá
Minha ruiva não sabe o que eu sei
Quantas encoxadas eu dei
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar.
Iaiá
Minha irmã não sabe o que eu sei
Quantos pivetes me assaltaram eu nem sei
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar.
Iaiá
Minha mulata não sabe o que eu sei
Quantas mulheres desconhecidas eu beijei
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar.
Minha índia não sabe o que eu sei
Em quanta sujeira na rua tropecei
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar.
Iaiá
Minha cunhada não sabe o que eu sei
Quanta fumaça de cigarro na cara dos outros eu joguei
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar.
Iaiá
Minha preta não sabe o que eu sei
O quanto bebi, o quanto esbarrei
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar.
Iaiá
Minha avó não sabe o que eu sei
Quantas brigas desnecessárias arrumei
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar.
Iaiá
Minha loira não sabe o que eu sei
Quanto energético e vodka entornei
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar.
Iaiá
Minha mãe não sabe o que eu sei
Quantos turistas com prostitutas encontrei
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar.
Iaiá
Minha morena não sabe o que eu sei
Quanto xixi vi nas paredes onde andei
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar.
Iaiá
Minha prima não sabe o que eu sei
De quantos motoristas bêbados escapei
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar.
Iaiá
Minha ruiva não sabe o que eu sei
Quantas encoxadas eu dei
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar.
Iaiá
Minha irmã não sabe o que eu sei
Quantos pivetes me assaltaram eu nem sei
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar.
Iaiá
Minha mulata não sabe o que eu sei
Quantas mulheres desconhecidas eu beijei
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar
Quando eu contar, Iaiá, você vai se pasmar.
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